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TIPOS DE ARGILOMINERAL

Caulinita

É um mineral de hábito hexagonal, predominante na maioria dos solos ácidos de regiões tropicais e subtropicais. Agrega características físicas ao solo, como boa agregação, aeração e permeabilidade. Possui baixa plasticidade, capacidade de adsorção, cristais lamelares, espaço reduzido entre camadas com ausência de cátions e densidade 2,62 a 2,66 g/cm3.

Sua composição química é Al2O32SiO22H2O. Em quantidade, um cristal possui 39,8% Al2O3; 46,3% SiO2; 13,9% H2O. Cada cristal possui 0,5 a 1,0 µm e, aproximadamente, 40 a 50 camadas, que interagem entre si por ligação de hidrogênio entre O-2 e OH-. Cada camada é constituída por uma folha tetraédrica de sílica e uma folha octaédrica de gibbsita. Através da técnica de difração de raio x, observa-se que o espaçamento entre camadas é aproximadamente 7Å. Pode haver substituição isomórfica de Al+3 por Fe+2, Fe+3 ou Mg+2 no octaedro de gibbsita.

Ilita

É um mineral de hábito hexagonal, formado em regiões de clima temperado, comum em solos de origem granítica. Possui cristais lamelares, plasticidade moderada, espaço entre camadas onde encontra-se íons de K+ e/ou Na+ e H2O, baixa adsorção de água, é parcialmente expansivo.

Sua composição química é Kx(Al,Mg)4(SiAl)8O20(OH)4H2O. Em quantidade, cada cristal possui K2O 8%; SiO2 56%; Al2O3 18,5%; H2O 5,98%. Cada cristal possui 0,1 a 1,0 µm. Cada camada é constituída por duas folhas tetraédricas de sílica e uma folha octaédrica de gibbsita, e suas camadas ligam-se através de cátions K+.  Através

Montmorilonita (Esmectita)

É um mineral formado em regiões tropicais com estações contrastantes. Encontra-se em solos pouco intemperizados, áridos, com drenagem baixa. Possui cristais lamelares, grande capacidade de expansão, adsorção de água, alta plasticidade quando hidratado, amplo espaço entre camadas onde podem conter moléculas orgânicas e de água e cátions como Na+, Ca+2, K+ e Mg+2 e possui densidade de 2,75 a 2,78 g/cm3.

Sua fórmula química é (Na,Ca)0,3(Al,Mg)2Si4O10(OH)2.nH2O . Cada cristal possui 0,1 a 1,0 µm. Cada camada é constituída por duas folhas tetraédricas de sílica e uma folha octaédrica de gibbsita, e suas camadas ligam-se através de ligações de Van der Walls. Através da técnica de difração de raio x, observa-se que o espaçamento entre camadas varia de 10 a 20Å. Ocorrem substituições isomórficas no tetraedro se sílica de Si+4 por Al+3 e no octaedro de gibbsita de Al+3 por Mg+2, Fe+2, Fe+3 ou Li+.

Vermiculita

É um mineral de hábito hexagonal, formado em região de clima temperado. Pode também resultar da alteração hidrotermal da biotita ou flogopita. Ocorre em solo e interestratificada com clorita ou ilita. Quando há perda brusca de água em sua estrutura, ocorre o fenômeno de exfoliação. Possui cristais lamelares, expansivo, capacidade de adsorção, plasticidade, amplo espaço entre camadas onde pode conter moléculas de água e cátions como Ca+2 e Mg+2 e possui densidade de 2,0 a 3,0 g/cm3.

Sua fórmula química é (Mg,Fe,Al)6(SiAl)8O20(OH)4H2O. Em quantidade, um cristal possui 14,39% MgO; 43,48% Al2O3; 12,82% FeO; 11,92% SiO2; 17,87% H2O. Cada camada é constituída de duas folhas tetraédricas de sílica e uma folha octaédrica de gibbsita, e suas camadas ligam-se através de cátions K+. Através da técnica de difração de raio x, observa-se que o espaço entre camadas varia de 10 a 15Å. Ocorrem substituições isomórficas de Si+4 por Al+3 no tetraedro de sílica e de Al+3 por Mg+2, Fe+2 e Fe+3 no octaedro de gibbsita.

Interestratificados

São estruturas variadas que apresentam uma mistura entre caulinita, ilita, montmorilonita, vermiculita e clorita. Por exemplo, minerais que apresentam estrutura da ilita intercalada com a estrutura da montmorilonita. É dividio em empilhamento regular e empilhamento irregular. Quando o empilhamento é regular, é facilmente identificável por difração de raio x com tratamentos térmicos e químicos adequados. Quando o empilhamento é irregular, é difícil sua identificação. São formados em regiões de clima temperado.

FONTE: 

BANCO DE DADOS. Enciclopédia Multimídia de Minerais e Atlas e Rochas. Rio Claro: Unesp, 2001. Disponível em <http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/>. Acesso em: 21 abr. 2017.

GOMES, Celso Figueiredo. Argilas: O que são e para que servem.1ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988. 457 p. ISBN 9789723100273.

MINERALOGY DATABASE. Mineral Collecting, Localities, Mineral Photos and Data. Washington: Hudson Institute of Mineralogy, 1993. Disponível em < https://www.mindat.org/>. Acesso em: 20 abr. 2017.

Projeto Interdisciplinar 

GLI2AM-ESA- 2017/1

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