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A classificação dos argilominerais

Os argilominerais podem ser classificados de acordo com o empacotamento da estrutura interna apresentada. Eles podem ser bilaminares (estrutura 1:1), formados pela combinação de um tetraédrico de silício e uma octaédrico de alumínio, como a caulinita, dignita, narsita e haloisita.

Podem ser trilaminares (estrutura 2:1), formados através da combinação dois tetraédricos de silício e uma octaédrico de alumínio, como o grupo da ilita, grupo da vermiculita e o grupo da esmectita. A subdivisão dos argilominerais trilaminares é baseada na facilidade com que as camadas são separadas uma da outra. As esmectitas, por exemplo, são capazes de acomodar moléculas de água ou outras moléculas polares na região interlamelar, podendo aumentar cerca de 0,85nm quando moléculas de água e poliálcoois, por exemplo, são adsorvidas. São classificadas, portanto como argilominerais de rede expansiva. Já a ilita, por exemplo, apresenta camadas presas pela atração do potássio por cargas fortemente negativas nas laminas tetraédricas, impossibilitando a separação das camadas. Argilominerais bilaminares e trilaminares que não apresentam a capacidade de separação das camadas da estrutura são classificados como de rede não expansiva.

Os argilominerais podem também apresentar camadas mistas, cujos cristais consistem em camadas alternadas de espécies diferentes resultando em uma estrutura muito complexa (estrutura 2:1:1) que é o caso da clotita.

E por ultimo existem os argilominerais amorfos que recebem o nome genérico de alofana. Os tetraedros de silício e os octaedros de alumínio são tão pequenos e mal orientados entre si que não é possível obter as reflexões de raio X.  A análise por difração de raios X é umas das técnicas mais utilizadas para a identificação de um argilomineral. A partir desse método é possível fazer a análise da distância interplanar e definir qual grupo estrutural o argilomineral pertence. Os espaçamentos de cerca de 7, 10 e 14 angstrons são característicos da caulinita, ilita e esmectita respectivamente.

FONTE:

FERREIRA, Angela. Materiais híbridos nanoestruturados sintetizados a partir da funcionalização de esmectitas para imobilização de espécies inorgânicas e orgânicas. 2007. 165 f. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte.

Projeto Interdisciplinar 

GLI2AM-ESA- 2017/1

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